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Outubro Rosa Pet - Novembro Azul Pet

Anualmente, no mês de outubro, são realizadas diversas campanhas sobre o incentivo do diagnóstico precoce sobre o câncer de mama em cadelas e gatas, com o objetivo de melhorar as chances de tratamento e cura.

Assim como nas mulheres, o câncer de mama está entre as neoplasias mais comuns em cadelas (50%) e gatas (17%). A identificação precoce desempenha um papel fundamental na determinação do prognóstico, aumentando as chances de tratamento bem-sucedido. Dessa forma, manter um olhar atento e realizar consultas regulares com um médico veterinário podem fazer toda a diferença na saúde dos nossos animais de estimação.


A aplicação de vacinas anticio, contribui em 95% para o desenvolvimento do câncer de mama. NÃO APLIQUE VACINAS ANTICIO!!

A castração precoce é o método mais efetivo para prevenção dos tumores de mama, pois eles são hormônio-dependentes (estrogênio e progesterona). A castração também previne o surgimento de tumores em ovários, útero, vulva, cistos ovarianos e Piometra (infecção uterina). Porém, cada paciente precisa ser avaliado individualmente, pois as consequências indesejáveis de uma castração cedo também podem surgir com o passar do tempo, como incontinência urinaria na fase adulta, maior tendência à obesidade. Raças grandes e gigantes podem ter alterações de desenvolvimento ósseo, articulares, ruptura de ligamento e maior incidência a outros tipos de câncer.


Você sabia que os machos também podem desenvolver tumor mamário? Esses, quando ocorrem, tendem a ser muito mais agressivos, metastáticos e de prognostico desfavorável.


As reações e sinais clínicos que devemos ficar atentos nos tumores mamários são: nódulos, inchaço ou vermelhidão, dor, secreção ou odor desagradável na região das mamas. Segundo o último consenso brasileiro, o ideal ou menos prejudicial seria castrar após o primeiro cio, porém, ainda existem estudos que indicam a castração após um ano de idade. Por isso, cada caso deve ser tratado de forma personalizada, colocarmos na balança e avaliar conforme a raça, peso, condição nutricional, doenças genéticas, metabolismo, idade e estilo de vida do animal e do tutor.


Último Consenso sobre Castração de Cadelas

Pequeno Porte – entre o primeiro e segundo cio

Médio Porte – entre o segundo e terceiro cio

Grande Porte - após o terceiro ou quarto cio

Ultimo Consenso sobre Castração de Gatas

Castrar ate os 6 meses – reduz em 91% as chances

de ter tumor de mama

Castrar entre 6 meses e 1 ano – reduz em 86%

Castrar entre 13 meses e 24 meses - reduz em 11%


A remoção cirúrgica do tumor mamário ainda é o tratamento de escolha para quase todos os cães e gatos, podendo curar os pacientes sem metástase ou tipos histológicos menos agressivos. Em casos onde a cura não é possível, é importante ressaltar que a escolha do tratamento depende do estágio clínico, tamanho, localização, ulceração, se possui metástase e do tipo específico do câncer, sendo a avaliação de um médico veterinário oncologista imprescindível para a tomada de decisões apropriadas.





#DICADAONCO: Palpem regularmente as mamas

dos seus pets, pelo menos 1x por mês.

Detecção precoce cura!!












Novembro Azul Pet


O mês de novembro na área de oncologia veterinária serve para conscientizar os tutores sobre diagnóstico precoce, toque retal e check-ups regulares com os cães machos, principalmente os idosos.


O câncer de próstata em cães é raro, alguns estudos evidenciam cerca de 0,34%, tanto em cães castrados quanto nos inteiros. Já nos homens, alcança a marca dos 30%. Ao contrário do que muitos pensam, o câncer de próstata não é dependente de hormônios. Dessa forma a castração pode potencialmente aumentar o risco de desenvolver o câncer de próstata. Esse, por sua vez, quando diagnosticado, tende a ter um comportamento muito agressivo, invasivo, de progressão rápida e altamente metastático, ocorrendo em mais de 80% dos casos.

Os tipos mais comuns de câncer de próstata são: adenocarcinoma ductal ou urotelial, carcinoma pouco diferenciado, hemangiossarcoma, carcinoma epidermoides e carcinoma de células transicionais.


Os principais sinais clínicos que servem de alerta para tumores de próstata são: aumento de volume na região da próstata, alterações na cor da urina, às vezes com presença de sangue, dor ou dificuldade para urinar, alterações na hora de defecar, desconforto abdominal, dor lombar, claudicação e fezes em formato de fita. As visitas regulares ao médico veterinário e a realização de exames periódicos, incluindo palpação retal, possibilitam um diagnóstico precoce e são os maiores aliados nessa luta.


Então lembre-se: Castração não previne tumor de próstata! Mas previne uma série de outras doenças, quando realizada no tempo certo.

O que a castração em machos previne e reduz são hiperplasias prostáticas benignas, prostatites, metaplasias escamosas, neoplasias testiculares, evita torção de cordão espermático, é curativa para tumores de glândula perianal (adenomas), previne orquite, epididimite, cistos prostáticos, hérnia perineal e tumor venéreo transmissível. A castração também aumenta a expectativa de vida, pois previne comportamentos sexuais de risco, evita alterações hormonais e enfermidades do trato reprodutor. Além de controlar doenças como a demodicose, epilepsia e diabetes. Em benefício da sociedade, ela aumenta as chances de adoção e controle populacional, reduz problemas comportamentais como marcação territorial, agressividade, comportamento de fuga, ansiedade por separação, micção indesejada, e em felinos há estudos que citam o aumento da afetividade com os humanos.


A castração deve ser sempre personalizada, conforme cada raça, peso, idade e porte do animal, porque a castração precoce também traz desvantagens, como o aparecimento de outros tipos de tumores/cânceres, doenças ortopédicas em animais castrados antes de um ano de vida, obesidade em cerca de 50% dos casos e obstrução uretral em felinos castrados antes dos oito meses de vida.


Fique alerta: A melhor chance de cura para um diagnóstico de câncer é quando a doença se encontra em estágio inicial.


Por Tassiane de O. Candido

Coordenadora do curso de Aperfeiçoamento em

Oncologia Veterinária pelo IBMVet RS e SC

(54) 9 9115.6453

@oncoclinvetrs


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